Sara Belo (n.1989) é artista visual e investigadora. É Licenciada (2011), Mestre (2013) e Doutora (2023) em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, que lhe concedeu, em 2016, Bolsa de Doutoramento para prosseguir a sua investigação artística e académica orientada pelo Professor Tomás Maia. A sua tese de Doutoramento (intitulada "O sopro das imagens: Estudo sobre a impropriedade do gesto artístico") investiga as noções de inspiração, mimese, alteridade e de transmissão implicadas no acto criador, articulando uma reflexão sobre a história destas noções com a obra de Philippe Lacoue-Labarthe. É investigadora colaboradora do CIEBA desde 2018, tendo publicado, em 2019, o ensaio "Atravessar o intervalo: o perigo da experiência artística" (Convocarte) e em 2020, participado no seminário Homo Mimeticus - A Transdisciplinary Approach (KU Leuven, Institute of Philosphy) com a comunicação "Between mask and uniform". Traduziu para a língua portuguesa La littérature et le droit à la mort , de Maurice Blanchot (A Literatura e o Direito à Morte, Sr Teste Edições: 2020) e Le Mythe Nazi de Philippe Lacoue-Labarthe and Jean-Luc Nancy (O Mito Nazi, Sistema Solar, Documenta: 2021). O seu trabalho artístico desenvolve-se em torno do processo de construção da imagem, explorando a tensão constitutiva entre a matéria e a possibilidade de figuração, entre o inerte e a capacidade de dar vida. Realizou em 2017 a sua primeira exposição individual (Rastro, na Galeria Municipal de Montemor-o-Novo), e em 2018 foi seleccionada para integrar a publicação Portuguese Emerging Art 2018. É membro do colectivo artístico humor líquido, com quem tem exposto com regularidade em diferentes cidades (2017: rumor, em Lisboa; 2018: the moving north, em Londres; 2018: ensaio sobre a terra, em Montemor-o-Novo).