Angela C. Artista Visual e Professora Universitária. O seu trabalho abrange áreas como o desenho, a fotografia, a pintura, a instalação e videoarte. Está representada em coleções nacionais e internacionais. Se o desenho é no dizer da artista «como um constante regresso a casa», na pintura encontra temáticas como as letras, caligrafias de feixes de forças, a partir da poesia de Herberto Hélder. A apropriação de obras dos seus artistas mais admirados (Leonardo da Vinci, Johannes Vermeer, Jannis Kounellis, Joel-Peter Witkin, João Vieira) que usa num claro ativismo em que Liberdade e Justiça são as suas bandeiras, revê-se em obras como Vermmeerianas I, II, III. As instalações relativas à prisão de Guantánamo, que a artista expõe em pequenas Capelas viradas para o Sacrário numa constante interlocução entre o Sagrado e a obra de Arte, são desta inquietação um pequeno exemplo. Arte e Ativismo, mantém-se como paradigma em muitas outras obras, das quais se poderá destacar a série "Muro", pintura e instalação, "Baloiços e armas", instalação e "Symbolic Furniture", instalação. A série de 100 desenhos intitulada SMALL-MAGNIFICAT, encontra na música de Bach um intermediário para a representação da Flor como ascese. O seu desenho absolutamente linear desenvolve-se em formas especulares, a que diz respeito o conjunto de 80 desenhos intitulado AFETOS EXTRAVAGANTES. Este conjunto inclui duas séries: A FLOWER TO ROBERT MAPPLETHORPE e LILIUNS FOR GEORGIA O`KEEFFE; Tal como refere o investigador e botânico Luís Crespi: "A perspetiva desta criadora transcende o conhecimento académico e técnico no espaço criativo em que a vida transcorre. A autora, através da sua obra, incide na voluptuosidade das formas florais, proporcionando uma visão morfológica em que formas e sistemas reprodutivos auxiliares revelam um dos segredos mais bem guardados ao longo da evolução da flora vascular. De modo prodigioso e único, Angela C. consegue mostrar o envolvimento das estruturas vegetativas na formação das flores. Os excertos da sua magnifica obra aqui mostrados são um testemunho deste processo evolutivo determinante para a vida." Se no conjunto anterior a descoberta de um Centro foi reveladora da sensação pura do nada, esta segunda serie avança como que dentro do próprio vórtice desse Centro. A revelação faz-se manifestação e o que fica do ato da criação é a própria criação, a coisa apenas coisa, como se transcendência e imanência como unidade. A EXTRAVAGÂNCIA desse AFETO está na ironia do registo do puramente útil-biológico. Atendendo a sua envergadura, este conjunto procura atualmente um lugar para ser exposto, um curador e sponsors para que possa ser entregue ao público de uma forma exata. Representada nas coleções: - Barão Colin Renfrew e Lady Jane Renfrew - UK - Arquiteto John Guedes - USA - Eng. Elói F.R. - PT - Arquiteta Célia Cunha - PT - Eng. João Nina - PT - Carmen Sotto - Bilbao - ES - Câmara Municipal de V. - PT Docência nas áreas de História de Arte, Arte e Temas Contemporâneos, Cenografia e Figurino, Expressão e Comunicação Visual, Comunicação e Multimédia, Representações Imagéticas. Trânsitos entre a Palavra e o Gesto. Promove e desenvolve, no âmbito da docência, projetos teórico práticos com alunos, presentes em Bienal de Arte. Tem desenvolvido investigação nas áreas que se relacionam com Arte e Tecnologia, Arte e Ativismo e Processos de Criação Artística na Génese da Forma. Tem feito investigação nas áreas: - Relação entre Arte e Ativismo; - Relação entre Arte-Ciência e Tecnologia; - Reflexão sobre os processos de criação artística e génese da forma; - Representação do corpo na contemporaneidade; - A identidade na obra La Gioconda de Leonardo Da Vinci; Participa em congressos e colóquios como conferencista, em Portugal e no estrangeiro. Ganhou prémios em festivais de cinema e de ilustração. Participa em júris cuja abrangência se relaciona com candidaturas à realização de obras cinematográfica.