YOLANA ARIEL AZEVEDO DE LEMOS (1995) é uma arquiteta, produtora cultural independente e investigadora, com um forte compromisso em promover a cultura na lusofonia. Formou-se em Arquitetura pela Universidade Lusíada de Lisboa em 2019, onde sua dissertação abordou a história dos cinemas em Angola nas décadas de 60 e 70. Atualmente, Yolana está a concluir um doutoramento em Arquitetura na mesma instituição. Entre 2023 e 2024 realizou um curso profissional em Produção Cultural no Instituto de Produção Cultural e Imagem (IPCI). Além disso, está a frequentar uma formação avançada em Curadoria para o Desenvolvimento na Fundação Calouste Gulbenkian, em Portugal. Em 2020, junto com 4 colegas, co-fundou o Banga Colectivo (sediados em Luanda e Lisboa), que tem como principal objetivo o desenvolvimento de projetos e intervenções culturais e arquitectónicas que se intersectam com diferentes áreas, como artes plásticas, sociologia ou filosofia, usando diferentes formas de expressão, como vídeo ou ilustração. Estes trabalhos procuram fundamentalmente fomentar a cultura angolana e da lusofonia no geral, dentro de um pensamento e teoria contemporânea, a partir da criação de obras autorais, ou ainda a partir de produção de projetos culturais. Entre seus projetos de destaque, estão "Soba Eternal", apresentado na 18ª Biennale Architettura Di Venezia em 2023, e "Oku Tumala Oku Tekula", exibido na 13ª Bienal de Arquitetura de São Paulo em 2022. Yolana também é membro do Centro de Investigação em Território, Arquitetura e Design (CITAD) e tem se destacado em conferências internacionais, apresentando temas como o Afrofuturismo e sua relação com a arquitetura angolana. Seu trabalho reflete uma abordagem transdisciplinar, procurando uma ou várias identidades dentre da cultura e arquitetura, que dialoguem com a história do lugar.